Uma História a quatro mãos

No primeiro Editorial que publicámos, dizíamos que víamos nos outros órgãos de comunicação social de Amarante “Parceiros”. “Queremos ser Parceiros de quem já faz notícias em Amarante e ampliar o leque de informação disponível aos Amarantinos. Porque há sempre lugar para mais Jornalismo”, foi o que escrevemos na altura. Por isso é que a História de agosto é uma reportagem conjunta da Flor do Tâmega e da Amarante Magazine. É, por isso, uma História a quatro mãos.

Escolhemos três das muitas “Festas de agosto” que se realizam pelo concelho e fomos conhecê-las. Quisemos saber quem as organiza, como e para quem. Que cartaz têm para oferecer e com que critérios é concebido. Que desafios têm de ser superados para as pôr de pé e de onde vêm os apoios. E são diversas as ‘histórias’ dentro desta História. De Comissões Festas jovens e empenhadas, mas que reconhecem o esforço e dedicação que uma tarefa destas implica. Da vontade de manter tradições, mas com espaço para inovar. Do empenho para atrair mais gente e um público mais diverso. E de reencontros de quem nunca falta: os emigrantes. Quisemos saber como participam e o que têm para contar.

O tema da emigração marca também a Opinião desta edição. A Raquel Marinho traz-nos uma reflexão sobre “A Casa do emigrante” e explora a dimensão sociológica e antropológica de um fenómeno que traduz a relação entre os indivíduos (também enquanto coletivo) e o espaço e a forma como a arquitetura se constitui como uma forma de aculturação e de apropriação desse mesmo espaço. É também um relato sobre a importância do olhar sem preconceito.

Agosto termina e começa um novo ciclo: para muitos de regresso ao trabalho e de regresso à escola. À porta já estão as vindimas, a cada ano mais cedo. Depois dos reencontros das férias e das Festas, estes são também momentos de reunião e de recomeço.